História parte 1
No cimo da chaminé, a olhar Lisboa, sentiu-se grande!
Manuel Pessôa-Lopes
Foi assim que tudo começou, ela em corpo de menina a pousar em vestido de mulher, e ele, Pessoa por detrás da objectiva a recriar as imagens do seu imaginário.
Manuel Pessôa-Lopes
Foi assim que tudo começou, ela em corpo de menina a pousar em vestido de mulher, e ele, Pessoa por detrás da objectiva a recriar as imagens do seu imaginário.
Olhou orgulhosa para a fotografia em sépia. Ela numa chaminé, bem alto em Lisboa.Quem poderia acreditar.
Não sabe porque o fazia, na realidade acreditava na sua arte porque fazia parte dela e porque nascia de momentos e lugares velhinhos, como a casa por debaixo da chaminé.Não sabe porque os ama, os lugares velhinhos, mas eles fazem parte do seu imaginário de criança e escondem tesouros imensos. Lembraste da padaria Pessoa? Talvez não, porque não lhe tinha acesso, mas deveria de ter visto. Era grande, o chão usado e grandes balcões de madeira velha onde se colocava o pão depois de sair de um grande forno de lenha. Lembra-se perfeitamente de se enfiar nesses balcões de madeira e brincar lá dentro.Nas traseiras, viviam milhares de pombos e aquela imagem a preto e branco, dos pombos e das paredes caiadas, o seu contraste era realmente único.
Penso que por isso amava a sua arte, porque também ele via um pouco o mundo como ela, cheio da sua particular beleza.
Beijou o espelho com a boca pintada de vermelho, na mesma casa, por debaixo da chaminé. Nunca poderia imaginar o resultado.
1 Comments:
Tipo..Tive a ler os artigos,alguns,bastantes.E achei curioso..Pessoal!A menina tem jeito para escrever!Vamos lá comentar!!Que crl..Bah,adr o artigo,mas tenho a mania de perseguir pombos na rua..
Keep up the good work
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