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quarta-feira, junho 22, 2005

A culpa é toda dos filmes!!!

Ultimamente há minha volta, existe um grande número de pessoas que sofrem.
Umas porque se vêm em relações que não queriam, outras porque ainda não encontraram a pessoa que amam e outras que ainda não se encontraram a si mesmas e andam perdidas.

Pode até ser uma visão reducionista, mas é uma perspectiva que tenho, a culpa é toda dos filmes!!!!
E quem diz filmes, diz séries, telenovelas e afins. E porquê, perguntam perplexos, que conexão tem?
Vivemos muito o que se passa nos ecrãs, nas revistas e no mundo das estrelas.
E essa vivência é sempre mais leve, assistimos ao início, meio e fim confortáveis no nosso mundo a uma distancia de segurança, com mais ou menos adrenalina, e naquele tempo tudo fica claro, tudo se concretiza.
Na vida nada é assim. A existência pesa. A existência tem o seu próprio tempo que não controlamos, as pessoas que não compreendemos, os problemas que temos de ir superando.
Creio que por vezes temos dificuldade em compreender entre o que é possível e real e o que é ficção sugerida aos nossos sentidos.
Esquecemo-nos que a vida é um processo de crescimento muito próprio e distinto para cada um e não um filme em que tudo acontece ao ritmo dos nossos desejos ou vontades.
Não sei se isto vos acontece, mas comigo acontece muito, por exemplo, um personagem que faz de pobre, mal vestido e mal cheiroso. Esse personagem está a ser interpretado por um Robert de Niro, ou por um Brat Pitt. Eu nunca consigo ter a noção, por mais bem caracterizados que estejam, desse seu estado. Portanto, por mais que a passagem da informação esteja bem feita, se eu fosse a um hospital psiquiátrico ou se um vagabundo passar por mim os sentidos reagem de maneira diferente, porque eu vejo, eu cheiro eu sinto a sua vibração. Perante a realidade a percepção é diferente, mais concreta talvez.

Por isso amigos, não se iludam com as belas imagens, com os belos conceitos que cravaram nas nossas mentes.
Procurem sempre dentro de vós mesmos, considerem sempre todas as hipóteses, analisem se aquilo que procuram, idealizam, se existirá de facto, se não estarão a exigir castelos de areia feitos no ar.
A realidade é linda e bela se tivermos coragem de a olhar de frente, a sensibilidade para a apreciar.
Percorram o vosso caminho efectivo porque só esse vale realmente a pena e só esse nos conduz a nós próprios!